8 de abril de 2012

vá, um tema sério

Páscoa. Tal como o Natal, é uma celebração religiosa. Mas será mesmo? Para maior parte das pessoas de hoje em dia, o Natal é o gordo de vermelho que vem trazer presentes e a Páscoa é o coelhinho com ovinhos de chocolate. Para os católicos, o Natal é o nascimento de cristo e a Páscoa é a ressureição deste. Sim, esta pessoa que viveu há mais de dois mil anos morreu por nós, porque é o nosso salvador, e ressuscitou para nos salvar, porque ele é o nosso salvador. WHAT? Mas isto é possível??? «Se tiveres fé» - é o que te vão responder. Pois, eu não tenho isso. E é este o tema do meu post de Páscoa - .

Eu andei 11 anos na catequese e ia à missa quando tinha que ir. E a tudo isto fui "obrigada". Nunca quis ir para a catequese, pedia todos os anos para não ir outra vez, nunca aprendi nada sobre religião lá, nunca quis ir às missas - inclusive davam-me sono e nunca consegui reter nenhuma palavra das leituras que lá se faziam (cheguei a tentar, não consegui). Este ano tenho que supostamente fazer um "ritual", quase como um diploma para o fim da catequese, que se chama crisma. E eu decidi não fazer. Talvez finalmente os meus pais já me acharam suficientemente crescida para saber do que falava quando dizia «não quero ir à catequese, não aprendo nada, é uma seca». Ou então foi porque finalmente consegui dizer «não acredito em nada disto, não tenho fé». Provavelmente ficaram tristes por dentro, mas não se opuseram. Seria falso de mim fazer o tal crisma, quando não acredito muito no Deus deles e muito menos no seu Cristo que tanto adoram. Mas o meu pai ainda acha que temos que ter uma conversa para perceber afinal em que é que eu acredito. Eu não sei em que Deus acredito, no entanto, acredito na ciência. Acredito no que ela consegue explicar - ao contrário da religião, em que todas as explicações têm como base a fé. E acredito nas pessoas. São essas que são más, e são essas que são boas. São essas que eu vejo a fazerem o que fazem, e eu sou daquelas que acredita no que vê.

Eu não tenho fé; e não é por eles quererem que vá à missa no domingo de Páscoa que me vou converter a essa religião e que comece a acreditar. Eu neste momento não acredito. Talvez no futuro "Deus venha até mim". Ou talvez continuarei a rir-me sempre que dizem alguma frase do género.


(PS. Não tive qualquer intenção de ofender a religião de alguém. Cada um tem direito a acreditar no que quer que seja, e eu respeito isso. )

2 comentários:

Sophie disse...

Também tenho uma família religiosa. E de certa forma até o prefiro, é sempre bom ter em que acreditar nos momentos mais difíceis.
Como sabes também eu andei na catequese, mas no momento em que me fizeram beijar o pé de um boneco de porcelana a dizer que era jesus...por amor de Deus. Foi altura de afirmar. Até lá apenas andava na catequese pois assim me tinham dirigido desde sempre, e porque ainda não tinha consciência para criar opinião própria.
Acho errado te tentarem "impingir", mesmo que seja algo na família, uma religião, e ainda forçar-te a expressares aquilo que sentes sobre a crença. Não tens de definir, não há necessidade em saber no que acreditar ou ter uma opinião fixa, tudo muda.
Embora a minha família seja religiosa, o meu irmão como futuro médico não acredita em nada disso, apenas na ciência, eu limito-me a não acreditar nesse conto todo que criaram à volta das coisas e nos ensinam como se fosse uma história na catequese.
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NatááliaMrqs disse...

amen sister! ahah