5 de outubro de 2011

divagação

Acontece a todos os casais; passado um certo tempo, depois daquele período de novidade e paixão pela descoberta de um e outro, parte da química desaparece. É normal, deixa de ser algo novo passado tanto tempo de estarmos juntos ao lado duma pessoa. 
Algumas vezes as pessoas não recuperam dessa perda. A faísca desaperece mas não volta a encontrar o caminho para o coração e alma do casal. Com tempo, sem ela, o amor um pelo outro torna-se cada vez menor até que já não existe relação.
Outros têm a sorte de se voltarem a apaixonar, sem nunca se terem separado. A paixão, o desejo um pelo outro volta a manifestar-se. E isso faz-nos sentir como que renascidos. Quando antes passávamos a vida a chorar com medo do que estava a acontecer, agora sorrimos e cantamos e amamos.


Talvez percebas que tenho andado melancolica e carente. Muito carente. Devido a esses sentimentos, a minha mente torna-se paranóica e produz vários cenários em que neles tu tornaste negligente e deixas de sentir amor por mim. A tua faísca desapareceu mas não conseguiu voltar. O pior é que a minha mente acredita que vê sinais de tal paranoia. Principalmente quando vejo todos os dias sinais do oposto em outros casais. No final, acabo por não saber em que acreditar. Por essa altura já estou a começar a conter as lágrimas de desespero que teimam em cair.
Por mais que eu chore, por mais que doa, por mais que magoe, eu não consigo deixar de te amar. Mesmo com medo, o meu coração ainda bate por ti. Ele nunca vai deixar de o fazer. Eu nem consigo desapaixonar-me do teu riso, do teu sorriso. Do teu toque na minha pele, das palavras que me sussurras ao ouvido. Das nossas piadas e brincadeiras. Da tua carinha linda que derrete a minha alma por completo. Da maneira como, inocentemente, me proteges no teu abraço.
Por mais que eu desespere, eu amo-te como nunca amei ninguém. A minha faísca nunca se perdeu, apenas sentiu-se insegura. Por mais medos que tenha, eu nunca deixei de ser feliz, nem por um momento. Por mais paranoias que crie na minha cabeça demente, eu nunca vou querer ver um mundo em que tu não estejas comigo, ao meu lado, a amar-me.
Amas-me para sempre, sim?

Um comentário:

Sophie disse...

lindo...never let your hopes down girl ;)